PÁSSARO SEM CÉU
Ruas paralelas
Que seguem sem destino
Não se cruzam não se interferem
Sobre elas, um menino
Ruas paralelas
Calçadas com pedras
Paralelepípedos frios
Por onde deita o menino
Ruas paralelas
Seguem destinos opostos
Não interrompem o caminho
No chão gelado ao luar
O menino faz seu ninho
Como pássaro sem céu
Voa sem destino
Pobre menino largado ao léu
Um dia vai sorrir
Pois o amor há de vir
Caminhará à passos largos
Deixará a vida errante
Seguirá adiante
Voa menino...procura teu amor
Sorria para a vida...esqueça a dor
Só restará na lembrança
O paralelepípedo dos tempos de criança...
Nenhum comentário:
Postar um comentário